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CÂNCER E ONCOLOGIA

O diagnóstico de câncer é sempre traumático. Muitas pessoas têm medo de fazer exames, justamente pelo temor do resultado. O termo "tumor maligno" está freqüentemente associado a uma condenação de morte. Mesmo os médicos não oncologistas apresentam dificuldade em lidar com pacientes oncológicos.

Mas hoje a idéia é trocar o desespero pela busca de informações. Quanto mais uma pessoa doente está informada, melhores decisões ela pode tomar. E tem mais chance de ter bons resultados aquele que tem opiniões bem fundamentadas para discussão com seu médico.
A internet é um campo vasto de informações. Algumas boas, outras nem tanto. É importante avaliar a credibilidade científica da informação e nem sempre acreditar em tudo o que está escrito. São mais confiáveis os sites mantidos por médicos ou por instituições de saúde. 

A Vigilância Epidemiológica é uma ação especializada de grande relevância para a sociedade, pois tem como objetivos o monitoramento e a análise de possíveis mudanças no perfil das enfermidades, contribuindo também para a educação e o planejamento de ações na área da saúde.
Através do Programa de Epidemiologia e Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco o INCA aprimora, com as Secretarias de Saúde, a capacidade local de análise das informações sobre a incidência e mortalidade por câncer visando ao conhecimento detalhado do quadro epidemiológico da doença no Brasil e de seus fatores de risco.



Dor oncológica (o desafio do tratamento)

A cada dia, cerca de 9 milhões de pessoas no mundo sofrem a experiência de dor relacionada ao câncer. Mas uma estatística mais importante é que mais 90% podem ter alívio dessa dor através de tratamento adequado. Quem sente dor relacionada ao câncer ao ao seus tratamentos tem o direito de receber tratamento adequado.
Durante muito tempo, a importância do tratamento da dor relacionada ao câncer foi subestimada. A dor era vista como algo para ser suportada, como uma conseqüência inevitável do processo da doença. No entanto, pesquisas dão grandes evidências de que, na grande maioria dos casos, a dor pode ser controlada.
O controle da dor significa tratá-la de forma agressiva para prover o máximo grau de alívio possível. Geralmente isto significa tratamento com medicamentos e outros métodos, eventualmente até cirurgia. Mas também, há possibilidade de técnicas que melhoram a qualidade de vida, como terapia psicológica, técnicas de relaxamento, e outras técnicas que não requerem medicação.

O que é dor?

A dor significa simplesmente algum sentimento que fere. Através do corpo há milhares de terminações nervosas que reagem quando há algo errado nas suas proximidades. Estes sinais viajam através dos nervos para o cérebro, que processa a informação sensitiva.
O câncer causa dor quando invade ossos, músculos, ou vasos sangüíneos. Também pode aparecer quando o tumor comprime nervos e vasos sangüíneos, ou quando produz alguma inflamação local. No entanto, a dor apresenta várias dimensões, que vão além da explicação física. Quanto mais tempo a dor persiste, maior o sofrimento causado em praticamente todos os aspectos da vida: comer, se vestir, andar. Pode causar ansiedade, depressão ou raiva. Prejudica a dignidade pessoal, atrapalha a relação com amigos e familiares. É uma experiência única, para cada pessoa.

Estratégias para o controle da dor

  • Ficar acima da dor. Antecipar-se quando possível, e responder a mudanças com rapidez. O quanto mais for evitado de que a dor se torne severa, mais fácil será o tratamento, e menores doses de medicação serão necessárias;
  • Não esperar que a dor se torne insuportável para procurar ajuda. Geralmente, quanto mais forte a dor, mais tempo se levará para controlá-la;
  • Não ter medo de admitir que está com dor. Familiares e médicos só poderão ajudar se souberem o que o paciente está sentindo. Não ter medo de atrapalhar o cotidiano dos outros, ou de ser um "paciente difícil" para o médico. O alívio da dor é fundamental para o tratamento do câncer;
  • Não comparar a própria situação e sintomas com o de outros pacientes. A dor é um sintoma único, diferente para cada pessoa;
  • Seguir as orientações médicas. Se a medicação foi prescrita em um intervalo fixo, seguir o horário recomendado, mesmo que a dor não esteja piorando novamente. Se houver dúvida, perguntar ao médico sobre mudança de doses ou de horários;
  • Deixar as pessoas saberem se as medicações não são suficientes, ou não correspondem às expectativas;
  • Tomar nota dos efeitos colaterais causados pelas técnicas de combate à dor. Discutir com o médico depois, sobre isso.
  • Não ter medo de determinados medicamentos. A famosa morfina geralmente pode ser utilizada com segurança, por um curto espaço de tempo, até que a doença seja melhor controlada. Ou pode ser usada cronicamente, desde que acompanhada pelo médico. São muito raros os casos de dependência nos pacientes que um dia precisaram do medicamento.




Quimioterapia


O que é a quimioterapia?


Quimioterapia é uma das modalidades de tratamento para o câncer, que envolve o uso de medicamentos injetáveis e orais que irão atuar de forma sistêmica no organismo do doente.


Qual é sua função?


Sua função é impedir que as células malignas cresçam e se dividam descontroladamente. As quimioterapias podem atuar em diversas fases do ciclo de vida da célula e com mecanismos diferentes, mas todos visam à destruição da célula cancerosa.


Quando ela é utilizada? Quais os requisitos ideais para a aplicação da quimioterapia?


Geralmente a quimioterapia é utilizada no tratamentos de tumores que tem facilidade de se espalhar pelo corpo. Alguns tipos de tumores diagnosticados em fase inicial, ou que não apresentam capacidade para metastatizar (espalhar para outros órgãos), podem não necessitar de quimioterapia, sendo curáveis com outras modalidades como cirurgia e/ou radioterapia.
Para receber quimioterapia o paciente deve ter exames adequados de sangue, função hepática e renal, entre outros. Mudança das drogas de escolha e ajustes de dose podem ser necessários dependendo dos resultados desses exames.


Quais os tipos de quimioterapia?


Existem diversas classes de quimioterapia, tanto injetáveis como em forma de comprimidos para administração oral. Cada tipo tem um mecanismo de ação diferente, isto é, agem em diferentes partes da célula e possuem efeitos colaterais variáveis entre si.


A radioterapia e a quimioterapia fazem o mesmo efeito? Quando uma é utilizada e quanto o médico opta pela outra?


A radioterapia tem uma ação mais localizada (somente na área irradiada), enquanto que a quimioterapia atua em todo o corpo. Ambas têm o objetivo de destruir a célula tumoral, mas também acabam atingindo células normais. As características de cada tipo de tumor e o estágio da doença são os fatores que norteiam a escolha do tratamento: quimioterapia, radioterapia ou a combinação dos dois.


Quais são os efeitos colaterais da quimioterapia?


A quimioterapia age no corpo inteiro e, além de matar as células tumorais, pode também ser tóxica para algumas células normais, principalmente aquelas que se multiplicam mais rápido. Os tipos de efeitos colaterais podem variar bastante entre os diferentes medicamentos, mas os mais comuns são: mucosite (aftas na boca), diarréia, náuseas/vômitos, alopécia (queda de pelos e cabelos), anemia (redução de glóbulos vermelhos), leucopenia (redução do número de glóbulos brancos e seus subtipos), plaquetopenia (redução dos elementos do sangue responsáveis pela coagulação), entre outros. Atualmente existem muitas maneiras de se controlar esses efeitos indesejáveis e muito pode se amenizado.


Quando a quimioterapia pode falhar?


As células tumorais podem sofrer mutações e ficar resistentes à quimioterapia. Por isso muitas vezes usamos a combinação de diferentes drogas, com mecanismos diferentes, para tentar destruir todas as células malignas. Mesmo assim, o câncer tem a capacidade de ficar resistente. É impossível prever quando isso vai acontecer. Dependemos da resposta individual de cada paciente para avaliar as falhas e propor outras alternativas de tratamento.